22 de Janeiro de 2009. O despertador toca. São 7horas, horas de começar mais um dia. Tomo banho em menos de 5 minutos, visto uma roupa ligeira, penteio o cabelo desalinhadamente, pego numa torrada á pressa e saio porta fora. Sinto-me
sufocado. Desde que acordei que me falta o ar e que o peito aperta, a dor mantém-se. A tua
ausência fica a cada dia cada vez mais marcada, além de antes passar dias sem dormir, agora parece que até o meu corpo se manifesta contra isso. Evito pensar em ti, envio mensagens sem parar, arranjo temas de conversas, tenho
medo de estar sozinho. Sei que quando o fizer, serás
tu quem aparecerá na minha cabeça, sei que não queres sair, o meu corpo não deixa, luta contra mim. Se pensar em afastar-te, a dor do peito volta, o coração aperta-me com força e fico sem ar. Se pensar em ter-te por perto, a mágoa volta, faz o meu corpo deixar de reagir e fico sem resposta. Não consigo pensar em meio-termos. Tens um
efeito devastador em mim, se pensar em mandar´te embora, arrancas uma parte de mim, fico sem reaçcão e duvido que vá aguentar. Se pensar em ter-te por perto, sem que também não vou aguentar, porque subo nas ilusões e a queda no chão é dolorosa. Agora está na hora de abrir a janela, preciso de
respirar."
Escrito em 2009.
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Ah doces memórias, como o tempo passa. Parece que foi ontem quando me bateste com a porta na cara e eu me afundei. Nunca tinha passado por isso antes e na altura acreditei que não ia aguentar perder(-te). Eras o centro do meu pequeno centro gravitacional, sim eu gravitava á tua volta. Acredito que esse seja mesmo um hábito teu, atrais as pessoas frágeis. Agora, quando já passou mais de um ano e tu já não sobrevoas a minha vida, acho que fui um bocado infantil. Errar é humano e faz parte da vida, logo não compreendo como tive tanto medo de errar, porque é errando que se aprende... Sim, tu já saiste da minha vida e apesar de tudo, agradeço-te por teres sido a parte mais feliz dela, que ainda vai no auge.
Deseja-me
sorte.