12.1.09

O que ficou.

Tu decidiste ir pelo caminho mais difícil, o que já é natural em ti, preferes um bom desafio a algo fácil. Tomaste-me como alvo, e foste por meios que nunca ninguém teria usado, muniste-te de trunfos raros mas mesmo assim conseguiste. Apesar disso, tive a noção que não perdia nada em conhecer-te como mais um amigo, mas mais que isso, foste um apoio, foste um ombro que precisei durante meses. Entraste na minha vida no momento exacto, eu precisava de ti. Precisava de ouvir o que me querias dizer, o que ficou esquecido, os motivos. Deste-me esperanças e fizeste-me acreditar em mim outra vez, afinal tudo era possível, o mundo era nosso, eu pelo menos acreditava que o tinha nas mãos. Porquê acreditar em sonhos, quando o meu mundo podia ser bem real, tinha tudo ao alcance, contigo tudo era possível, porquê continuar a não ouvir, tudo o que dizias cada vez tinha mais sentido, porquê? Porquê não deixar o destino fazer o que queria e levar tudo á minha maneira? Porquê não agarrar no mundo e fugir de vez daqui, porquê? Poucos porquês para alguém tão importante como tu foste (no passado) mas muitos para alguém tão insignificante como te tornaste agora (no presente). Foste para mim uma espécie de aviso, uma informação adicional tipo ‘a vida não pára’ ou ‘em qualquer altura podes ser feliz’. O que tu foste, tens-lo marcado, sabes que não poderias ficar sem nada em troca, e eu também fiz a minha parte. Ouvi-te incondicionalmente, acreditei em ti mesmo quando disso duvidaste, gostei de ti, ainda gosto e não sei se vou deixar de gostar. Tal como tu, eu também fui feliz, mas continuo a sê-lo, e apesar de tudo, não me vou livrar das recordações que deixaste, dos fragmentos que se prenderam á minha roupa, o toque que ficou na minha pele, a voz doce nos meus ouvidos, as conversas longas, os segundos em silêncio, as brincadeiras, os sorrisos, do que deixaste de bom na minha vida. Em tempos foste algo mais do que eu previra, conseguiste ser cada vez menos, mas como me disseste ao ouvido nas muitas das vezes que me ouviste, ‘a vida não pára e não há ninguém que possa esperar por ti, se decidires ficar parado.’ Não posso esperar mais do que já esperei, desculpa.

‘When the end comes and all seems lost, you are what i find so close to me.’

2 comentários:

ic disse...

Desculpa invadir-te o blog assim, mas gostei mesmo daquilo que escreveste :$.

beijinho *

Catarina disse...

Hoje disseram-me que andava uma versão do Crepusculos a circular na internet, mas em vez de ser a Bella a escrever era o Edward (mas está em inglês) *.*